A Galinha
Numa granja, uma galinha se destacava entre todas as outras por seu espÃrito de aventura e ousadia. Não tinha limites e andava por onde queria. O dono, porém, estava aborrecido com ela. Suas atitudes estavam contagiando as outras, que já a estavam copiando.
Um dia o dono fincou um bambu no meio do campo, e amarrou a galinha a ele, com um barbante de dois metros. O mundo tão amplo que a ave tinha foi reduzido a exatamente onde o fio lhe permitia chegar. Ali, ciscando, comendo, dormindo, estabeleceu sua vida. De tanto andar nesse cÃrculo, a grama dali foi desaparecendo. Era interessante ver delineado um cÃrculo perfeito em volta dela. Do lado de fora, onde a galinha não podia chegar, a grama verde, do lado de dentro, só terra.
Depois de um tempo, o dono se compadeceu da ave, pois ela, tão inquieta e audaciosa, era agora uma apática figura. Então a soltou.
Agora estava livre! Mas, estranhamente, a galinha não ultrapassava o cÃrculo que ela própria havia feito. Só ciscava dentro do seu limite imaginário. Olhava para o lado de fora mas não tinha coragem suficiente para se aventurar a ir até lá. E assim foi até o seu fim.
Nascemos tendo nossos horizontes como limite, mas as pressões do dia-a-dia fazem com que aos poucos nossos pés fiquem presos a um chão chamado rotina. Há pessoas que enfrentam crises violentas em suas vidas, sem a coragem de tentar algo novo que seja capaz de tirá-las daquela situação. Admiram os que têm a ousadia de recomeçar, porém, elas próprias buscam algum culpado e vão ficando dentro do seu “cÃrculo”.
O mercado sempre coroa com reconhecimento aqueles que inovam, criam chamam a atenção. O segredo do sucesso está na criatividade. Criar é pôr em prática algo que não existe. É correr o risco. Isto é fato, mas como se poderá saber o final da história se não se caminha até o fim?